Impacto de METEORITO e TERREMOTO remodelou SOLO DE SÃO PAULO!
Os geólogos, ao analisarem as rochas expostas na Universidade de São Paulo (USP), observaram sinais de que a paisagem havia sido remodelada por um tremor. Para confirmar essa hipótese, eles examinaram outras rochas expostas em parques e praças da capital paulista. Ao calcular a direção e o tamanho das ranhuras, puderam estimar a intensidade do abalo, confirmando que o epicentro foi a cratera. Conhecida como Cratera de Colônia, ela está localizada a aproximadamente 40 quilômetros ao sul do centro da cidade, o que hoje demandaria uma viagem de quase duas horas de carro.
A existência dessa enorme formação geológica passou despercebida até a década de 1960, quando fotos aéreas e imagens de satélite revelaram as bordas do enorme círculo no distrito de Parelheiros. A cratera está atualmente coberta por sedimentos, formando uma planície onde estão situados os bairros de Colônia e Vargem Grande. Na base do impacto, foram identificadas fraturas nas rochas e minerais que sofreram alta pressão, embora o objeto que causou o impacto nunca tenha sido identificado.
Durante o terremoto, o fluxo de água cheio de areia exercia pressão, quebrando as camadas de sedimentos mais resistentes e se infiltrando por pequenos canais conhecidos como diques clásticos. Ao longo de milhões de anos, sem mudanças significativas, os grãos dessa areia se uniram para formar rochas de arenito que frequentemente se assemelham a raízes de árvores. Esse arenito, composto principalmente de ferro, foi usado para fabricar bolas de canhão e sinos já no século XVII, sendo os primeiros materiais de siderurgia fabricados no Brasil.
Essas deformações no subsolo são observadas em todo o planeta em locais onde ocorreram terremotos, alguns deles causados pela queda de meteoritos. A descoberta da Cratera de Colônia é reconfortante para os habitantes de São Paulo, pois sugere que o terremoto foi um evento isolado e não há risco iminente de fenômenos semelhantes. Comparativamente, caso o tremor tivesse sido desencadeado pelo movimento das placas tectônicas, haveria o risco de eventos perigosos ocorrerem novamente a qualquer momento.
Fonte: Jornal da USP / Texto: Ivan Conterno
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